Faça o que tu puderes, sim
E quando não puder
e querer deixar...
Lembre-se Daquele que rocha é.
No canto desvalido
de uma morada qualquer,
Ele traz sua singularidade
e invade esparsas nuvens de pensamentos.
Aqui ou lá,
cá está!
E eu não preciso me importar
no que sinto ou se sinto.
Eu não nasci para sentir, eu nasci para crer.
E a força de crer em Ti, Senhor
somente é um presente que Tu me deste,
meu amado Deus.
Este deserto cinestésico
onde não te sinto,
é o caminho que trilho para lembrar de sua graça!
Assim, pra que sentir
se o que me levará longe é a minha fé?
A doce amiga
que é minha companheira nos dias mais solitários:
a minha fé.
Assim, eu encontro em vezes cinzas,
grandíssimos e belíssimos paraísos,
todos eles estão presentes,
mas não se tem acesso a eles
pela porta das sensações,
mas pela porta da fé,
a invisível porta da fé!
Sem vista, sou águia
Sem pernas, sou um guepardo
Sem asas, sobrevoo altos ares
Sem músculos, tenho brutal força
Sem pernas, caminho em frente.
Não espero encontrar minhas vistas, minhas pernas, minha força ou mesmo minhas asas.
Só consigo encontrar minhas essências
nas mais evidentes ausencias,
no mais escuro céu de estrelas de carências...
Ali, eu pondero sobre minha terra,
tão vil, tão distante, tão subnutrida...
E então, em uma central adjacência,
viro-me e percebo que estou torto.
E aquilo que adjacente era,
estava, em verdade, na frente minha,
o escudo da fé...
Eu me revesti então,
e meu irmão!
MEU IRMÃO...
Empunhei as armas que no chão estavam
e me firmei em sua força, SENHOR.
Estou pronto para enfrentar os piores demônios
ao seu lado, meu Deus Santo!
Estarei firme, para resistir a severas privações,
ao seu lado, meu Deus Santo!
Estarei pronto para suas bênçãos sem me desviar do caminho,
SENHOR.
(Gabriel Monteiro)