Seria interessante pensar em nossa validade
à semelhança de mercadoria vendável...
Uma ironia, não seria?
Penso até mesmo num vendaval interminável.
Validade, tempo, idade...
Sim, o tempo é mensagem
Pois logo o
TIC estala
e o
TAC vem como bala!
Onde está a vírgula temporal mediana?
Veja, aquela que maneja
os solavancos do
TAC
e as arremetidas do
TIC
como pausa disposta a atenuar o repique!
Neste passo, não há passe para o fim deste impasse.
E a passagem para a lápide é o último ponto
Ou tomo, se livros te encantam...
Adianto-me nas condolências,
por singela complacência...
Mesmo porque as reticências
são somente a sinopse da repetição pendular
ou circular (
vai de quem fabricar).
Por assim dizer e pontuar, do
TIC-TAC.
Assaz pertinente
como conversa do fundo da
padoca,
No estilo filosofia ovo-galinha(s)
São as próximas três linhas:
TIC-TAC dentro do relógio.
Quem veio primeiro?
O
TIC-TAC, como é óbvio!!!
Se pressuponho, de próprio punho
que o relógio é rascunho
do milenar
TAC-TIC
porque há tanto chilique
na incapacidade de governar
the time, o
TIC-TAC?
O Supremo Relojoeiro criou o tempo,
colocou o
TIC-TAC.
E agora vejo, nas métricas da fé, em exultação
uma nova perspectiva, de coração!
(
Antologia Poesia Agora - edição inverno 2018; p.61 e 62)