sábado, 31 de dezembro de 2016

Terra do silêncio

A terra do silêncio,
onde há mais ouvido atento
e um seleto momento.

A terra do silêncio,
sem algemas prendendo
compradores querendo...


A terra do silêncio.
A silente paz, não só a mente
mas daquele que se sente.

A terra do silêncio,
escolhida, depurada e amada,
como os israelitas em guaritas
dentre as feridas do Egito
como entre tantos prodígios! (Êxodo)

Entende o coração silente
que silenciosamente entre os ruídos envolventes,
procura somente estar presente
a Deus.

Simples silêncio.

Uma das maiores complexidades que pode almejar o ser humano!

(Gabriel Monteiro)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Nuvens ansiosas









Quando a neblina do pensamento
desamina meu momento,
ao olhar para o alto,
e não ver a sua luz, assim me esquecendo,
me recordo da mesma luz me aquecendo!


A luz, verdadeira vinda ao mundo
ilumina a todo, seja cego ou surdo.
Combina com a glória
e aquece a memória,
me esperançando para a posteridade,
eternidade!

domingo, 11 de dezembro de 2016

Dialogando com você (2) - Pequenas pancadas de chuva


Nos meus apreços por ti, meu caro leitor, sinto o desejo de compartilhar um pouco de mim.  Vejo que as colunas de estrofes podem enjoar, parecendo o desenho de um edifício! Veja, e na verdade você sabe: na vida nem tudo são edifícios! Há momentos que desejamos trajetórias lineares, sem muitos dispêndios e energias mentais.


É verdade que pela internet você poderia saber como o clima aqui está. Mas para preservar o encanto do mistério, lhe digo que hoje (Domingo) o dia levou pancadas! Pancadas leves de chuva! Não sei se os satélites aperceberam-se da pequena nuvem que passeava sobre as velhas telhas de minha casa. Sinceramente, creio que eles deixaram passar a pequena neblina que trouxe-me refrigérios!

Precisariam tempos e tempos de pequenos minutos de pequenas pancadas de chuva? (...)

Essas pancadas são doces! Certa contrariedade sem sublimidade...

Apenas simplicidade!

(Gabriel Monteiro)

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Dialogando com vocês


Acho interessante esse mundo globalizado! Hoje quero ser simples. A para os leitores abaixo do Trópico do Equador ou acima dele, nesta data dedico esse presente simplório. Qual é esse presente simplório? A menção de que agora é início de noite num país de clima tropical, numa cidade pacata. Aos queridos que estejam lendo entre muitas águas de distância, escrevo-lhes que acho impressionante esse texto aportar em seu país e visitar seu "país interior". Considero que seu "país interior" é o seu coração.

O leitor percebe que é a primeira vez que exprimo-me num estilo literário livre?

Pois bem, vejo também riqueza nisso. Não sei se o visitante a consegue enxergar... Espero que a consiga. Confesso que estas palavras mais se parecem como um desabafo reprimido. Também confesso que essas palavras poderiam ser um anseio de contar um grande segredo. Bem, supondo que ele exista, não poderei confessá-lo. Supondo que não, não há porque marcá-lo.


Meus queridos leitores... Vocês já passaram por dilemas em suas vidas?

Bem... Eu creio que sim. Nessa vida existem muitas encruzilhadas... Minha humanidade declara-se humana. E creio que vocês, também são. Talvez esse texto esteja nascendo e crescendo para lhe lembrar que você nasceu e está crescendo... Enquanto vou escrevendo tu consegues observar o crescimento dos parágráfos, a formação das frases e palavras. Mas em determinado momento deste meu presente, pararei de escrever e a vida que infundi neste texto não existirá mais. Se eu fosse fazer uma comparação simples, metáfora ou algo parecido, diria que este texto é o meu testemunho ou testamento para o senhores. Porque? Porque você saberá o que fiz no momento presente, mas não saberá o que farei assim que desligar este microcomputador.

Você poderia perguntar: Papo estranho! Tenha paciência... Continue lendo.

O testamento é um documento em que o testador formaliza o seu desejo de legar algo para seu herdeiro testamentário. Quando a vida deste texto terminar, eu desejarei compartilhá-lo com vocês. Darei um click na aba Publicar e ele estará disponível para quem quiser. Neste presente, digo que estará. Para vocês, já está.

Se houve alguém que já visitou mais de uma vez este blog, percebeu claramente que sou cristão. Gosto de pensar que somente estou escrevendo isso para vocês porque Deus me concedeu a oportunidade de viver. Logo, se eu infundo fôlego de vida nesse texto é porque Deus, o Criador, soprou fôlego de vida em minha carne. Assim, em última análise, posso concluir que esse texto só está existindo porque Deus está me permitindo viver.

Em última analise, tudo é porque Ele é muito bom! Mesmo nos momentos do chá com bolachas ou do café com leite e belas risadas, tudo é porque ele me salvou e me fez sua morada! Agora vejo que Ele é tudo para mim!

(Gabriel Monteiro)

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

O reencontro




“Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo lhe saiu sangue e água(...)” (João 19.34) Eis um soldado e o homem que fora sentenciado à morte; e morte de cruz. Aquele que fizera sentinela àquele que mal soubera quem era, mal saberia o que estaria por vir... 


“Tome uma lança!” E assim, a cena nada bela fora presenciada pelos que viam. Sangue e água. A tristeza do momento marcara os tempos e tempos, e mesmos os futuros incertos estariam sendo “certos” com a beleza da grotesca morte do Salvador querido! 



“Tome uma lança!” Palavras que não seguras poderiam ter sido ditas; no entanto, com nota precisa, provável é que foram ditas... Provável. 


Se sim ou não, a ponta pontiaguda apontou para o corpo de Jesus. Logo mirou, e furou! Oh! Meu Senhor, porque foste injustiçado por tamanho pecador?! Porventura, ele saberia que as nuvens prenunciariam seu reencontro àquele judeu que fora morto, com o corpo traspassado? Quem poderia pensar que o Mestre que chorou, o carpinteiro, meu Senhor, encontraria o soldado que o furou?!



“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram(...)” (Ap 1.17) Como será este encontro? Boa pergunta. Decerto, quero ser modesto a perguntar: antes do soldado romano, estou pronto para avistar meu Senhor Jesus?”  

 (Gabriel Monteiro)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O milagre, o deserto e a Palavra




Povo sofrido, clamaste tanto. Foste oprimido!

Clamor dentre o suor, labor e chibatadas.


- Onde está no céu o amor? Meu Senhor, até quando?


Súplicas dos filhos de Jacó, dentre os limites da terra hostil. Mal saberiam o que Deus estaria por fazer. Lembrando do Salmo 24: "...levantai-vos, ó portas, as vossas cabeças." Se o imponente adversário soubesse que o bordão de Moisés dera a ordem ao mar: “levantai vossas paredes, para que entre a coluna de ar e o povo escolhido do Senhor seja salvo!"


"Oh mar! Dê passagem ao povo!"


Porque? Para onde a salvadora terra seca os impeliu? Boa pergunta.


Deserto, oh fome. Murmurações e murmurações. E a fome do povo... Provisão de Deus. Fogo e Nuvem, noite e dia e a glória Daquele que as trevas e a luz são a mesma coisa(Sl 139.12).

Então, a Palavra do Senhor. Por fim, a Palavra do Senhor...


Deus separou o povo de Israel para ser seu. Tirou-os de escravidão e amou-os a tal ponto de abrir o mar para... Para que? Ora, poderias argumentar: para salvá-los da tiraria egípcia. Será somente isso?

Quando o vento leva o tempo, os momentos são pequenos. Logo, estava o profeta com os mandamentos do Senhor. 


O Senhor queria ensiná-los. Nem que para isso, novamente, digo, o mar se abrisse. O Senhor continuaria manifestando seu amor dando sua lei. Fugas, encurralados, o mar, o milagre, o deserto e a lei. A Palavra do Senhor.


Interessante, se Deus intentou ensinar sua palavra a Israel como evidencia Êxodo e Levítico, em meio às pegadas do deserto, tal se poderia aplicar a nós?

É possível Deus guiar-te pelos milagres e desertos para ensinar-te a tua santa Palavra? A meu ver, sim.

Deus nos abençoe!

 (Gabriel Monteiro)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Conversas do céu




 “Os querubins estendiam as asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estavam eles de faces voltadas uma para outra, olhando para o propiciatório” ARA(Êx 37.9). Ali era o lugar santíssimo ou Santo dos Santos, onde estava localizada o propiciatório, do qual os querubins faziam parte. Interessante notar como se posicionavam os querubins. Conquanto estivessem voltados frontes, um ao outro, suas vistas fitavam o propiciatório.


Vale dizer a mensagem que da passagem se depreende: a “comunicação” trazida pela representação dos querubins. E, afinal, qual era o propósito? Estar em reverencia a Deus, em submissão a Deus. Eles poderiam estar com as vistas um no outro. E porque não estavam? Uma boa pergunta. Mas o fato é que estavam com os olhos voltados ao propiciatório. 



Talvez se falassem poderiam dizer: veja, somos de ouro, no entanto anelamos e desejamos a presença de Deus. “Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.”(Êx 25.22)


Frontes para Deus. Faces a desejar. Seres a exaltar. E tudo, mesmo ouro de anjos ou anjos de ouro devem estar para louvar meu Senhor que Santo foi, é e será! Conversas do céu. Com tanto agito no meio presente e terrestre que sente, será que anjos ou seres celestes dialogam os mesmos dizeres? 


Creio que Atos 1.10-11 possa nos ajudar: “E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, porque estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.”

Conversas do céu... Conversas do céu...



(Gabriel Monteiro)

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Moisés, o holofote de Deus.




"E, ali, esteve com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras. Quando desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele de seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele." (Êxodo 34.28-29) 


O Salmo 19, versículo 7, expressa uma verdade salutar:"A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma." E de fato, podemos concluir que Moisés passou tempo com Deus e, assim sendo, com a sua Palavra. Tendo prazer no SENHOR e em sua lei, a qual lhe estava sendo transmitida, o profeta viu-se dia-a-dia e noite-a-noite revigorado pelo poder divino.


Não bebera nem comera nada. Deleitava-se somente em Deus, no Altíssimo. Algo incrível, sobretudo pelo tempo despendido pelo profeta: 40 dias e noites! Que paralelo oportuno podemos fazer com as belas palavras de Jesus: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus."(Mt 4.4; Dt 8.3)


Um milagre esplêndido àquele homem inseguro para a missão de libertar o povo do Egito. Agora, via-se alimentado da própria presença de Deus. Alimento? Alimento! Agora, a pele de Moisés estava resplandecente depois de tal período com o SENHOR.



Que alimento poderia colocar o brilho de Cristo nos corações dos cristãos, senão a própria presença de Cristo e de sua Palavra, produzindo igualmente quebrantamento em nossas almas? (pergunta retórica)                                (Gabriel Monteiro)