sexta-feira, 30 de setembro de 2016

O reencontro




“Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo lhe saiu sangue e água(...)” (João 19.34) Eis um soldado e o homem que fora sentenciado à morte; e morte de cruz. Aquele que fizera sentinela àquele que mal soubera quem era, mal saberia o que estaria por vir... 


“Tome uma lança!” E assim, a cena nada bela fora presenciada pelos que viam. Sangue e água. A tristeza do momento marcara os tempos e tempos, e mesmos os futuros incertos estariam sendo “certos” com a beleza da grotesca morte do Salvador querido! 



“Tome uma lança!” Palavras que não seguras poderiam ter sido ditas; no entanto, com nota precisa, provável é que foram ditas... Provável. 


Se sim ou não, a ponta pontiaguda apontou para o corpo de Jesus. Logo mirou, e furou! Oh! Meu Senhor, porque foste injustiçado por tamanho pecador?! Porventura, ele saberia que as nuvens prenunciariam seu reencontro àquele judeu que fora morto, com o corpo traspassado? Quem poderia pensar que o Mestre que chorou, o carpinteiro, meu Senhor, encontraria o soldado que o furou?!



“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram(...)” (Ap 1.17) Como será este encontro? Boa pergunta. Decerto, quero ser modesto a perguntar: antes do soldado romano, estou pronto para avistar meu Senhor Jesus?”  

 (Gabriel Monteiro)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O milagre, o deserto e a Palavra




Povo sofrido, clamaste tanto. Foste oprimido!

Clamor dentre o suor, labor e chibatadas.


- Onde está no céu o amor? Meu Senhor, até quando?


Súplicas dos filhos de Jacó, dentre os limites da terra hostil. Mal saberiam o que Deus estaria por fazer. Lembrando do Salmo 24: "...levantai-vos, ó portas, as vossas cabeças." Se o imponente adversário soubesse que o bordão de Moisés dera a ordem ao mar: “levantai vossas paredes, para que entre a coluna de ar e o povo escolhido do Senhor seja salvo!"


"Oh mar! Dê passagem ao povo!"


Porque? Para onde a salvadora terra seca os impeliu? Boa pergunta.


Deserto, oh fome. Murmurações e murmurações. E a fome do povo... Provisão de Deus. Fogo e Nuvem, noite e dia e a glória Daquele que as trevas e a luz são a mesma coisa(Sl 139.12).

Então, a Palavra do Senhor. Por fim, a Palavra do Senhor...


Deus separou o povo de Israel para ser seu. Tirou-os de escravidão e amou-os a tal ponto de abrir o mar para... Para que? Ora, poderias argumentar: para salvá-los da tiraria egípcia. Será somente isso?

Quando o vento leva o tempo, os momentos são pequenos. Logo, estava o profeta com os mandamentos do Senhor. 


O Senhor queria ensiná-los. Nem que para isso, novamente, digo, o mar se abrisse. O Senhor continuaria manifestando seu amor dando sua lei. Fugas, encurralados, o mar, o milagre, o deserto e a lei. A Palavra do Senhor.


Interessante, se Deus intentou ensinar sua palavra a Israel como evidencia Êxodo e Levítico, em meio às pegadas do deserto, tal se poderia aplicar a nós?

É possível Deus guiar-te pelos milagres e desertos para ensinar-te a tua santa Palavra? A meu ver, sim.

Deus nos abençoe!

 (Gabriel Monteiro)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Conversas do céu




 “Os querubins estendiam as asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estavam eles de faces voltadas uma para outra, olhando para o propiciatório” ARA(Êx 37.9). Ali era o lugar santíssimo ou Santo dos Santos, onde estava localizada o propiciatório, do qual os querubins faziam parte. Interessante notar como se posicionavam os querubins. Conquanto estivessem voltados frontes, um ao outro, suas vistas fitavam o propiciatório.


Vale dizer a mensagem que da passagem se depreende: a “comunicação” trazida pela representação dos querubins. E, afinal, qual era o propósito? Estar em reverencia a Deus, em submissão a Deus. Eles poderiam estar com as vistas um no outro. E porque não estavam? Uma boa pergunta. Mas o fato é que estavam com os olhos voltados ao propiciatório. 



Talvez se falassem poderiam dizer: veja, somos de ouro, no entanto anelamos e desejamos a presença de Deus. “Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.”(Êx 25.22)


Frontes para Deus. Faces a desejar. Seres a exaltar. E tudo, mesmo ouro de anjos ou anjos de ouro devem estar para louvar meu Senhor que Santo foi, é e será! Conversas do céu. Com tanto agito no meio presente e terrestre que sente, será que anjos ou seres celestes dialogam os mesmos dizeres? 


Creio que Atos 1.10-11 possa nos ajudar: “E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, porque estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.”

Conversas do céu... Conversas do céu...



(Gabriel Monteiro)

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Moisés, o holofote de Deus.




"E, ali, esteve com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras. Quando desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele de seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele." (Êxodo 34.28-29) 


O Salmo 19, versículo 7, expressa uma verdade salutar:"A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma." E de fato, podemos concluir que Moisés passou tempo com Deus e, assim sendo, com a sua Palavra. Tendo prazer no SENHOR e em sua lei, a qual lhe estava sendo transmitida, o profeta viu-se dia-a-dia e noite-a-noite revigorado pelo poder divino.


Não bebera nem comera nada. Deleitava-se somente em Deus, no Altíssimo. Algo incrível, sobretudo pelo tempo despendido pelo profeta: 40 dias e noites! Que paralelo oportuno podemos fazer com as belas palavras de Jesus: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus."(Mt 4.4; Dt 8.3)


Um milagre esplêndido àquele homem inseguro para a missão de libertar o povo do Egito. Agora, via-se alimentado da própria presença de Deus. Alimento? Alimento! Agora, a pele de Moisés estava resplandecente depois de tal período com o SENHOR.



Que alimento poderia colocar o brilho de Cristo nos corações dos cristãos, senão a própria presença de Cristo e de sua Palavra, produzindo igualmente quebrantamento em nossas almas? (pergunta retórica)                                (Gabriel Monteiro)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Palavra de fogo




“O SENHOR ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite.” (Êx 13.21-22) 

Às proximidades do deserto o SENHOR, o Todo-Poderoso manifestava assim cuidado e poder ao seu povo: no calor do dia na coluna de nuvem; na perceptível noite na coluna de fogo.



 O SENHOR soprara as águas e contornou seu poder numa “coluna de ar” na qual os israelitas a seco passaram na saída do Egito. Agora, seria o “guia do deserto”. O Deus do Novo Testamento, posto que é um, manifestava seu amor ao seu povo nos tempos do Antigo Testamento sendo o “guia da noite” e o “guia do dia”! Ora coluna de nuvem, ora de fogo.  Que passagem interessante! 


Ao pensar na coluna de fogo, me lembro do Salmo 119.105: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.” E ainda podemos lembrar do conhecidíssimo Salmo 23 e de seu versículo 4: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo;...” O ensino da importância da Palavra de Deus e da confiança/presença de Deus nas calamidades do vale da sombra da morte...



Oh! Bíblia Santa! Que sejas para mim a única luz. A minha lâmpada, a minha coluna de fogo! A manifestação do próprio amor de Deus nas deleitosas leituras. Amém! (Gabriel Monteiro)