segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Coração sem palavras



Abstrações são considerações
de palavras não encontradas
no papel para expressar sentimentos.

Essa subjetividade
escorara-se nos sentidos
(cinestésico, auditivo, visual, gustativo e olfativo)
e a consequência é que você
não consegue saber os sentidos perdidos de minha interioridade!

Isso é subjetividade!


Quero ressaltar
que perder sentimentos
na minha interioridade
não significa determinar
a exata especificidade
do que sinto.

Não pense que não sei o que sinto.

Sigo em sentir meus sentimentos
perdidos em minha interioridade.

E isso, de verdade
não é estar iludido em insanidade!

Nas sensações que sinto
de meus sentimentos perdidos em minha interioridade,
ouço a consciência minha
alocada na presença de mim,
que proclama ser irmã
do emocionalismo pensado, considerado, racionalizado e equilibrado.

O que são sentimentos
perdidos na interioridade?
São palavras esquecidas pela mente,
não pronunciadas pela boca,
mas são sentidas pelo ser
situadas no coração.

Tais sentimentos
não transbordam
no mundo prático,
não visitam um ouvido acolhedor,
nem tampouco um propício agressor...

Eles não encontram a porta
para declararem-se expressão,
não porque estejam confusos, perdidos,
mas porque o instrumento
da resignificação e codificação 
está fraco!

Não saber a exata especificidade
do que sinto
não significa anular
a identidade do sentimento.
Se o sentimento é triste, 
sei estar em tristeza.
Se o sentimento é alegre,
sei estar em alegria.

No âmago de meu interior,
está o sentimento
que no momento
não sabe decotificar-se em palavras (verbais ou escritas).

Os sentimentos perdidos na minha interioridade,
são encontrados circunscritos
no meu coração, onde também
há subjetividade.

Senhor, para este coração
que não consegue decotificar
seus sentimentos em palavras,
conceda a tua graça.

A inaptidão para expressar-se
não é óbice para teu favor
e o conselho de teu Santo Espírito ao meu coração
concedendo-me alívio!

(Gabriel Monteiro)

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