Minha trajetória
por óbvio, remonta à memória.
E essa história
tem início na pureza da inocência...
Quando o hábito de brincar,
subindo nos altos dos altos
galhos das árvores,
não me faziam pensar
no lugar para repousar...
Preservado do calor
reservado para o pino do sol,
confiava no refúgio
de meus pais...
Longe dos ais,
abrigado dos raios solares
não pensava em meditar
no lugar para repousar...
Avançando a idade,
é verdade, a ampulheta não quebra,
continuei a jornada, como exemplo, a bicicleta
nessas idas, que me lançou
à primeira queda!
No desabrigo da dor
encontrei abrigo no amargor
buscando achar no pensamento
o lugar ao sol, protegido do calor!
Na peregrinação, segui-me com exortação
procurando direção na razão:
o lugar ao sol.
Com tranquilidade no coração
encontrei sentido no que pensei
ser o abrigo. Meu amigo...
Hoje medito, sei que foi erro certeiro!
Os refúgios na moralidade
e nas boas ações
são somente intenções!
Nesse intento, intencionava no momento
a proteção contra o medo e o desespero.
Com esmero, ativei tal erro!
Hoje sei, a guarita
não encontra guarida
em mim mesmo!
Fica manifesto que ela está acima:
na direção do teto!
Assim, como pode provir de mim?
Tentei, eu tentei!
Mas o sol continuava a me castigar:
marcando, pintando e avermelhando minha pele!
Percebi, que a resposta para o fim
não aportava em mim...
Mas em Deus.
Ele é o esconderijo
contra o sol,
posto que é maior,
acima de mim.
Descansando no interior
sob a cobertura do amor de Deus,
tenho paz para sofrer, lutar, amar e perdoar.
Afinal, quem consegue viver
sem água e alimento,
sob o implacável e intolerante
quente sol,
que a mente só (solitária)
deixa-a estonteante?
Há muitos pousos.
No entanto, em quais deles
há água e alimento?
Portanto, pergunto: há repouso?
Encontrei o lugar ao sol.
Minha busca findou.
Jesus declarou:
"Eu sou o pão da vida;
o que vem a mim jamais terá fome;
e o que crê em mim
jamais terá sede. (João 6.35)
(Gabriel Monteiro)
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