sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Fast-poetry



Na ligeireza para cinco
minutos, eu prefiro.
Sem tempo para no Z chegar
me contento de ao D alcançar...


Apressada rotina do bate-ponto
ao ponto de latejar a cabeça.
Com o cravado relógio encarando-me
é tão certo uma rima esquivando-se.

No entanto, sem manejo para o portanto
a estrofe-lebre vem-termina com rasteira...
A obcecada agenda, tão ocupada
é cão de lenda, mesmo que apreciada.

Aos temores dum acaso atraso,
me "descaso" duma feliz atividade:
escrever em profundidade...
Em forçado descaso, ajo em submissão ao tempo disponível,
margeando o que de fato é querido.

Renuncio aos trajes de mergulho
e procuro mesmo na superfície de mim
as estrofes permitidas para uma fast-poetry!




(Escrito por Gabriel Monteiro O. de Morais)

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