domingo, 19 de abril de 2020

O Logos


Cá estaríamos nós:
sós, a sós.
Cá estaríamos aqui:
assim, sem Ti.
Cá estaríamos, portanto:
sozinhos, sem conforto.
Cá estaríamos, então:
sem intersecção,
sem salvação. (Cf Jo 1.1-14)



Isto é um contexto ficcional, ou seja, uma realidade pensada, criada e sugerida pela mente. Uma conjuntura alternativa, um elo perdido nas conexões do pensamento. Pensar num Messias que não veio é fantasia, é ficção. Acreditar, sim, que o Logos, a Palavra, não estava com Deus, é devaneio, irrealidade.


Logos, a Palavra,
estava com Deus.
Logo, o Logos, o Verbo
estava no princípio.


Uma ficção.
Pensar em vier alternativamente margeando o conhecimento sublime de Cristo, o enviado, o Messias prometido, significa não experienciar o que é o mais  inefável e indescritível na vivência humana.
Porque peregrinar voluntariamente em pontos de vista escusos, absurdos?
A liberdade muito falada na humanidade é válida; mas, usemos nós o que é de alta conta, de patente apreciação: meditar em Cristo que se fez carne habitando entre nós.


A realidade
é Cristo, é Deus.
A realidade
é o Logos, logo.
A realidade é a Palavra,
verdade.
A realidade
é a intersecção.

Não ousaria afirmar que em Jesus houve a intersecção de dois círculos: o mundo de perfeição de Deus e o mundo dos homens, sem Deus. Não é assim que se deve explicar tal intersecção. A intersecção que explano é a ponte entre os homens pecadores e o Deus absoluto. O Ungido de Deus, Cristo, é a ponte. Ali estava entre nós, plenamente divino e totalmente humano, realizando sua missão.

 Nas linhas anteriores afirmei que não me atreveria asseverar que Cristo é a intersecção de dois círculos entre o mundo com Deus e o mundo dos homens. Como nós, teríamos a insubmissão de declarar que algo é nosso, como se eu tivesse um mundo meu, do qual sou dono? Você não tem o seu mundo, você e eu estamos no mundo criado por Deus. Uma habitação que foi corrompida e está sendo destruída por nossas iniquidades. Assim, o erro é supor que somo donos de algo. Ele, o Altíssimo, é dono deste planeta, Ele é soberano. Dele são os céus, a terra e tudo o que nela há (Sl 146.6). Nós não temos o nosso mundo, estamos num lar que Deus nos deu.

Assim, concluímos indiscutivelmente que em Cristo se cumpre a intersecção de dois círculos:  1) de Deus  2) e de nós, humanos, que vivíamos no mundo criado por Deus, sem Deus no mundo. Deus não se pode dimensionar. Por isso, considere esta explicação como somente um recurso pedagógico para que o nome do Eterno seja exaltado! Vivíamos num mundo que Deus criou, sem Deus no mundo (malgrado o mundo todo falasse de Deus pela criação [Rm 1.20]).

 No mundo sem Deus não há cor nem mesmo no mais encantador arco-íris. No mundo sem Deus não há sabor nem mesmo na mais deliciosa especiaria. Obrigado Jesus, porque morrestes por mim na cruz, dando-me sabor e cor no mundo em que vivo, no planeta que é do SENHOR, do Criador. Meus pecados foram pagos e recebi teu perdão, SENHOR Deus, pois o sangue do Messias foi derramado para a remissão dos meus pecados. Tudo para que eu tivesse vida, tudo para que me relacionasse contigo, Deus amado. Tudo para que houvesse luz e sabor na minha vida. Obrigado porque me dizes: "Vós sois o sal da terra"(Mt 5.13), "Vós sois a luz do mundo"(Mt 5.14)".

Cristo, Tu és a luz e o sabor de minha vida, a razão de minha existência, de minha cosmovisão e de minha experiência!

Louvado seja o teu nome!

(Gabriel Monteiro)

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