A introspecção é grande loucura
para ser vivida.
Pergunte ao louco se ele é louco.
Logo, dentro do universo
da loucura, a insanidade não existe.
Assim, questiono se é louco o ser que,
nas respirações presentes,
anula o passado
e o futuro abandona.
O que importa é se curtir
nas condições do ambiente
que se está localizado.
É introspecção.
Liberdade para voos altos,
para em plena consciência
mergulhar nas conexões mais profundas
de uma mente acalmada pelo silêncio,
de um coração desacelerado.
Eu preciso disso.
Respeito se você não.
Mas irmão,
inserido numa razão vívida e sensorial
convido-te (intrometo-me!)
para embarcar no barco,
para assentar no frenético planeta da quietude,
na imensurável medida do anonimato
(sem castas, stories, curtidas).
Assim, sugiro-te que se deleite
no incompreensível conforto de uma mesa
e cadeira, comuns, de povão.
E mais, recomendo-te
que medique-se com doses homeopáticas
de "presentes" (sem qualquer presente e sem ninguém presente).
Como é possível estar com ninguém,
se "ninguém" não existe.
Para estar sem "ninguém"
o caminho é mais perene, por vezes,
nos vieses do Deus que habita no cérebro, na razão, no coração.
Eis a minha oração.
(Gabriel Monteiro)
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