ARCO-ÍRIS
O encontro com o poema
marca a antítese,
uma música em que o desconforto
marca pegadas
para um coração de carne
(por vezes, cogitou ser pedra),
mas erra...
Era uma era,
diziam os sábios da terra
que hoje seria fumaça,
e estilhaços...
Seja naturalmente triste
à queda de seu gráfico emocional,
aceite a beleza de sua melancolia,
saboreia seu inconfundível pesar,
estenda os tapetes aos seu dia triste!
Estar cinza
sussurra os solfejos do vento,
os escapes de ares dos pulmões
do silente homem,
recostado na cadeira
que, descansando em seu cansaço
aguarda
a mudança do que não controla...
O arco-íris é apresentado por uma nuvem cinza...
(Gabriel Monteiro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário