sábado, 28 de março de 2020

Céu laranja



CÉU LARANJA

Mesmo antes
minh'alma buscava.
Meu cérebro sabia
somente o que recebia.
Mas minha alma,
minha alma,
quem diria?


Se teus olhos
me viram substancia informe (Sl 139.16),
que direi como escusa da fé?

Como ousaria
afirmar que desculpável seria (Rm 1.20)
se negasse
meu Amado Criador,
meu Bendito Benfeitor?

No telhado de casa,
idade juvenil...
(lembrança)
me recordo dos pássaros
e da busca infantil
a Ti, SENHOR!

Eram anos adolescentes,
um menino somente.
Obrigado SENHOR
por ti somente.

O laranja matutino
e um garoto sem visão,
mas sonhador.

Aquele alaranjado
estava te exaltando naquela manhã,
SENHOR Deus.

Eu não te conhecia,
me postava sentado sobre as telhas.

Enquanto deslumbrava
a investida inaugural do dia,
fitava o laranja matinal,
fruto de um céu
de mesclas horizontais
com diferentes tonalidades e colorações.

Mas é verdade.
O laranja sobrepujava
e ele eu admirava.
É verdade, ali estava.
E o crepúsculo te contemplava, SENHOR.

Não te conhecia
mas minha alma te desejava (Sl 42.1)
imersa nas trevas.

Aquele fresco clima
pregava o refrigério (Sl 23.3).
Aquele laranja prenunciava
a presença que sentiria:
na noite do meu ser
o dia iria raiar,
um novo ser nasceria (Jo 3.3).

As proclamas adiante no horizonte (Sl 19.1)
sinalizavam a aliança que teria
com Cristo,
soberano reinante!

Toda criação orquestrando,
dialogando, proclamando e sinalizando
a respeito de Ti,
Magnífico Soberano,
Deus eterno.

Eu eu, diante de vossa arte,
cego.

Te agradeço pela salvação
em Cristo Jesus.
Por ela, percebo
que estava manifestando
seu amor a mim
naquele dia!

(Gabriel Monteiro)

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